quarta-feira, 17 de julho de 2013

Juro maior eleva risco de fundos em PREVIDÊNCIA PRIVADA ! ! Atenção !

TONI SCIARRETTA
DE SÃO PAULO
LIGIA TUON
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA





O aumento inesperado dos juros Selic, taxa básica da economia brasileira, para 8% ao ano colocaram mais pressão nos fundos de previdência privada de perfil mais conservadores, que terão de assumir riscos maiores investindo em papéis privados ou em títulos de prazos maiores.A maior parte dos investimentos desses fundos são em títulos da dívida pública pós-fixada, conhecidos como LFTs (Letras Financeiras do Tesouro), que seguem a taxa Selic.A partir de hoje, esses fundos de previdência não poderão mais mais comprar títulos públicos ou de empresas com prazo mais curto do que a média de sua carteira. Esse é o primeiro passo no compromisso fechado com o governo de alongar o prazo dos investimentos em troca de uma rentabilidade maior, gradualmente, até 2016. Quando o compromisso foi fechado os juros estavam baixos e essa exigência ajudava a elevar a rentabilidade dos fundos. Quanto maior o prazo de um título de renda fixa, porém, maior é o risco de variação das taxas, o que pode trazer perdas ao investidor.

Isso é particularmente sensível em momentos de aumento dos juros, como a atual. Nessas épocas, alguns títulos chegam a ter rendimento negativo.Foi o que aconteceu com os fundos de renda fixa, que investem em títulos da dívida prefixada. No mês passado (até o dia 27), o rendimento médio deles era de 0,36% bruto. Descontando o imposto de renda, a taxa cai para o intervalo entre 0,28% e 0,31% (dependendo da alíquota), bastante abaixo do 0,43% pago pela poupança. "Nesse cenário, é importante não se prender à variação diária do montante", afirma Osvaldo Nascimento, presidente da FenaPrevi (Federação Nacional de Previdência Privada e Vida).Em outras palavras, o mais indicado agora é ter paciência. Assim como investimentos em ações, aplicações de maior risco não devem ser analisadas com uma fotografia do instante."O investidor pode ficar tranquilo com a medida se o objetivo for ter resultados no longo prazo", diz Ricardo Rochman, professor da escola de economia da FGV-SP. 

"O consumidor deve ficar atento à performance do seu produto e fazer comparações. O cenário será mais concorrido e as seguradoras vão se diferenciar em rentabilidade", disse Cláudio Pires, superintendente financeiro da Mongeral Aegon. A medida atinge os planos PGBL e VGBL, e é uma maneira de o governo federal prolongar o prazo da sua dívida. Os fundos têm cerca de 60% do patrimônio aplicados em LFTs (Letras Financeiras do Tesouro), papéis com juros pós-fixados, de curtíssimo prazo, que serão substituídos aos poucos por NTN-Bs (Notas do Tesouro Nacional série B), corrigidas pela inflação do IPCA e têm prazos que vão até 2050. 

(fonte: http://www1.folha.uol.com.br/mercado)
 

 

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